segunda-feira, 15 de junho de 2009

O mercado de trabalho na era da informação

Há duas décadas o mundo entrou em um período de mudanças aceleradas, onde os sinais de ruptura com os equilíbrios antigos se multiplicam. A realidade é que o final de século combinou uma série de alterações de caráter político, econômico, social e tecnológico, que estão alternando a civilização. Podemos falar em uma quarta era, impulsionada pela tecnologia, a tecnologia da informação. Simbolizada pela queda do muro de Berlim, em 1989, a falência do socialismo, representou não apenas a vitória dos sistemas democráticos ocidentais, mas da economia de mercado. O liberalismo assume o modelo predominante, sendo que a economia passa a ser conduzida pela competitividade comercial. Outro sinal da transição é globalização e a transnacionalização econômica. Esta globalização foi acompanhada por um processo de desregulamentação, negando ao Estado algumas de suas prerrogativas e reduzindo ao extremo suas margens de manobra, consagrando o reino da empresa – rede internacional. O Estado Nação vê sua autoridade cada vez mais contestada pelo mercado mundial. A globalização constitui uma chave essencial para explicar os fenômenos e processos mundiais neste início deste novo milênio. A transição é total , porque abrange ao mesmo tempo, não apenas o domínio econômico, como também o estratégico, o político e o tecnológico. Os agentes dinâmicos da globalização não são os governos, nem seus representantes, que buscam construir mercados comuns ou integrar economias, mas as empresas transacionais e os conglomerados, que efetivamente dominam uma grande parte da produção, do comércio, da tecnologia e das finanças internacionais. Estas organizações possuem grandes volumes de recursos financeiros, contam com recursos humanos muito qualificados e usam avançadas tecnologias, melhorando sua capacidade de operação internacional, tendo um retorno sobre o investimento muito mais rápido. As organizações devem estar preparadas para adaptar-se às mudanças , garantindo sua sobrevivência. A empresa mais integrada será a vencedora e sobrevivente nesta nova economia , muito mais diversificada, veloz e complexa. Essa integração independe do tamanho, capital ou número de funcionários, depende sim da rápida articulação frente as novas tendências. As mudanças estão transformando nossos modelos, entre eles o do trabalho. O agravamento do desemprego, em nível mundial, mostra que o fenômeno é menos ligado ao aumento da população que à aparição de novas tecnologias cada vez menos demandantes de mão de obra. Pela Segunda vez na história, as máquinas substituem os homens e o crescimento econômico é cada vez menos criador de empregos. O setor bancário é um exemplo bem claro desta substituição. Desde 1990, o número de empregados do setor vem baixando, em decorrência da melhoria dos processos de gerenciamento bancário e, sobretudo, da substituição do homem pela máquina. A tecnologia da informação e a telecomunicação transformaram a relação cliente/banco. Antigamente todos nós éramos clientes da agência, hoje somos clientes do banco. O contato cliente/banco era pessoa a pessoa. Hoje, o contato é muito mais pessoa/máquina. Com isto todo o setor bancário necessita de menor número de empregados, porém muito mais qualificados. Esta é uma tendência em todos os setores da economia. Em decorrência, o aprendizado contínuo passa a ser uma informação para todos que estão no mercado de trabalho. Já não basta mais a experiência acumulada em anos de trabalho, pois o risco de desatualização é muito grande. O profissional necessita manter-se em constante reciclagem para acompanhar as mudanças e evoluções em sua área de atividade.